segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016

Apanhados na apanha ilegal de meixão no rio Lis


A acção da Polícia Marítima resultou na identificação de dois indivíduos e a apreensão de redes e de diversos apetrechos de pesca ilegal de meixão.
O comando local da Polícia Marítima da Nazaré desencadeou, esta madrugada, uma operação de combate à pesca ilegal de meixão, que teve lugar na praia da Vieira e “em todo o curso” do rio Lis.
Durante operação, foram identificados dois indivíduos e apreendidas redes e apetrechos de pesca ilegal de meixão. Em comunicado, a Polícia Marítima adianta que o pescado, ainda vivo, “foi devolvido ao seu habitat natural”, enquanto os apetrechos de pesca apreendidos se encontram “depositados nas instalações do comando local da Nazaré” daquela entidade.
Em resultado da acção de fiscalização, que envolveu oito agentes, foram levantados autos de notícias, que “darão origem aos processos de contra-ordenação”, acrescenta aquele comunicado.
Em Portugal, a pesca do meixão apenas é permitida em alguns troços do rio Minho, durante diferentes períodos entre Novembro e Fevereiro. No entanto, “como a procura e o valor deste peixe no mercado são elevados, a abertura destes períodos legais de pesca acaba por levar a um incremento da pesca ilegal, tanto no rio Minho como em outros rios portugueses, colocando em causa a continuidade da espécie anguilla anguilla (enguia europeia)”, denunciou recentemente a associação ambientalista Quercus.
A enguia europeia Anguilla anguilla, nome científico dado ao meixão, é, segundo a Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza, uma espécie “criticamente ameaçada desde 2008”.
A Quercus considera, por isso, “preponderante que a preservação e recuperação da espécie Anguilla anguilla seja objecto nacional prioritário”. No comunicado emitido na semana passada, a associação defendia a tomada de “medidas mais firmes tanto a nível nacional como internacional, sobre a pesca legal e ilegal, no rio Minho e em Portugal, com vista a preservar e prevenir a extinção desta espécie”.

Jornal de Leiria